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Saúde


 
  Edison Alfredo Araújo Marchand
 Graduado em Educação física – URCAMP/RS; Pós-Graduado em: Ginástica Médica – FICAB/RJ, Exercícios Resistidos na Saúde, na Doença e no Envelhecimento – FMUSP/SP; Mestre em Enfermagem/Saúde – FURG/RS; Membro Efetivo do Instituto Latinoamericano de Atividade Física Terapêutica – ILAFIT/BR; Responsável Técnico do CAFP/RS; Membro Pesquisador do GEES – FURG/RS; Ex-Membro Colaborador do PAID – FURG/RS

SHARKEY (1998) afirma que os indivíduos, ao longo de suas vidas, podem optar por dois estilos de vida, a saber: o ativo e o sedentário. O estilo de vida ativo baseia-se em atividade física, praticada regularmente e num conjunto de comportamentos saudáveis, tais como: controle de peso, alimentação balanceada, dormir bem, abstinência do fumo e de drogas, uso moderado de álcool, manejo do estresse e exames de prevenção a doenças. Enquanto no estilo de vida sedentário, o indivíduo não faz nada do que foi mencionado anteriormente; com isso, ele se expõe à depressão, à fadiga, ao câncer e às doenças metabólicas, que acabam atacando órgãos vitais, tais como: coração, pulmão, rins e fígado.

A educação para um estilo de vida ativo é um dos fatores fundamentais que deve constituir o cotidiano de comunidades, as quais devem oferecer condições para que os indivíduos tornem-se cidadãos auto-educados. Ela constitui um princípio de vida que atua na formação de uma consciência corporal saudável com a finalidade de promover desempenhos cada vez mais efetivos tanto individuais como coletivos.

Esta educação deve extrapolar os limites escolares, tornando-se uma prática educativa de abrangência sócio-cultural, o que tende a aumentar o círculo de amizades, vindo a contribuir para a melhora não só da saúde social, uma vez que o homem é um ser social, mas também do bem-estar psicofísico (MANIDI & MICHEL, 2001).

A busca por alternativas preventivas tem sido a meta dos profissionais da área de saúde, através de programas educativos e preventivos, sobre condicionamento corporal e saúde, objetivando aumentar o conhecimento e gerando mudanças comportamentais que atinjam uma melhor qualidade de vida (NAHAS,1989; SBME, 1998).

O trabalho preventivo dirige-se ao diagnóstico precoce de patologias, assim como oferecer procedimentos terapêuticos para tratamentos. Dentre os profissionais da área de saúde encontram-se os educadores físicos que, por meio das atividades físicas, têm condições de melhorar o estado de saúde individual e coletivo (NOVAES, 1995).

A educação física é um agente dinâmico e privilegiado na educação para a prevenção por meio de um estilo de vida ativo. Ela constitui uma prática de intervenção, que permite o confronto entre vivências, que podem ser alteradas para uma adequação do estilo de vida (MARCHAND & SOUZA, 1996).

Para que se opte por um programa adequado de exercícios de condicionamento corporal, será preciso: consciência da necessidade e importância do exercício para a saúde e condicionamento corporal. Após a tomada de consciência, vem a tomada de decisão em escolher qual tipo de exercício será mais compatível com seu estilo de vida. Esses procedimentos vão determinar a perseverança no programa para tirar proveito dos benefícios oferecidos (MANIDI & MICHEL, 2001).

Assim como já está evidente que o estilo de vida sedentária e o reduzido gasto calórico são lesivos à saúde (POLLOCK & WILMORE, 1993), estudos têm demonstrado que a atividade física regular melhora significativamente a qualidade de vida (FARIA, 1991; POLLOCK & WILMORE, 1993).